domingo, 23 de agosto de 2009

Tabela de Digitação

http://www.wfg.woodwind.org/sax/sax_alt_1.html

Comparação entre Palhetas


Por Alef Mansur

Dept. de Sopro – PlayTech Teodoro Sampaio



Qual a melhor marca?

Qual delas dura mais?

Que palheta eu devo usar?

Qual o número aconselhável para um iniciante?

O quê há de diferente entre os vários modelos?

Será que esta, ou aquela tem o timbre que estou procurando?



Nós, músicos de sopro_ restritamente os saxofonistas e os clarinetistas_ nos deparamos corriqueiramente com os dilemas relacionados á escolha das nossas palhetas e tentamos desesperadamente encontrar a palheta ideal nesse universo inexplorado. Quem poderá imparcialmente responder a todas estas questões? Apenas a vivência diária poderá contribuir para nortear nossas decisões; a resposta está dentro do bom senso, naquilo que escolhemos como o melhor.



Mas antes de discutirmos a grande oferta de marcas e modelos no nosso mercado interno, devo destacar:



A falta de compromisso didático de alguns “professores particulares” _ instrumentistas que com a pouca orientação que tiveram, assumem o papel de formadores de opinião.
A falta de visibilidade metodológica de alguns segmentos religiosos_ que formam músicos sem nenhuma perspectiva de êxito como instrumentistas.
A pouca divulgação nos meios especializados_ aliada à ausência de endosso pelas companhias importadoras.
A conseqüente falta de amplitude aos horizontes dos aprendizes_ na sua maioria, e por todo despreparo, não sabem reconhecer a importância daquilo que mais desejam.


É difícil optar, ainda mais se um leque tão vasto de alternativas se abre, e nem sabemos por onde começar. Todas as palhetas estão dentro de um padrão de qualidade proposto pelo próprio fabricante, e é isso que faz com que aquele instrumentista opte por determinada marca. Agora, que critérios ambos utilizam? Um para fabricar, e outro para escolhê-la como sua palheta preferida?



O fabricante zela por seu produto desde o plantio da cana (tipo de bambu mais denso que o nosso, conhecido como cana da Índia), passando pelo controle de pragas, o corte, a armazenagem, e pela fabricação propriamente dita. Ainda mais criteriosos na definição do tipo de raspagem (se americana ou francesa) e na eficácia da qualidade desta etapa. A medição de sua densidade (bastante variável entre os fabricantes), mas com especificações seguidas à risca, dentro de uma tabela que classifica que uma palheta #2 ocorra do #1,88 ao #2,16, por exemplo, (estes números não compõem a tabela de densidade de nenhum fabricante). O seu invólucro, que garantirá que o produto chegue são as mãos dos músicos; e também a conservação de sua umidade, preocupação cada vez mais comum entre as grandes marcas. Que têm apresentado ao mundo eficientes soluções. Para cada novo modelo de palheta proposto, estudado e desenvolvido, existe uma característica sonora, timbrística, de resposta e projeção, de resistência e consequente prolongamento de sua vida útil; ou seja, há um por que de sua produção.



O músico por outro ângulo tenta se encontrar ou encontrar a palheta que melhor subsidie suas necessidades. Este já deve ter em mente que tipo de som deseja, deve avaliar se a palheta escolhida constitui um elemento sonoro coeso. Está formando um bom conjunto com o resto de seu equipamento (boquilha, abraçadeira e ao próprio instrumento)? Entre outras coisas, devem ser observados o equilíbrio entre os registros, o domínio do executante sobre a palheta, como este acessório comporta-se se utilizado em subtones, superagudos, harmônicos, em passagens rápidas, em mudanças abruptas de registro, enfim em situações extrema para o seu uso; o equipamento deve ser observado de acordo com as necessidades do instrumentista e classificado ou qualificado sob a sua expectativa. Aos menos experientes: Devem ser dosados o número da palheta com o número da boquilha, concordo que este é um assunto difícil de ser discutido, mas com bom senso todos acabam definindo sozinhos seu “setup”. Não há pressa para isso, você será músico pro resto da sua vida e tenha certeza sua palheta um dia vai mudar! Para os iniciantes este tipo de preocupação (timbres, som escuro ou brilhante demais), é facilmente resolvido: Qualquer palheta #1,5 pode ser utilizada; o mais importante é a fidelidade à marca, isto fará com que sua evolução seja notada.



Leia em seguida minhas descrições sobre algumas marcas e alguns modelos de palhetas. Lembrem-se, tocar cada vez com uma palheta mais dura não significa que seu nível como instrumentista esteja galopantemente desenvolvendo. Esta numeração está relacionada com a abertura de sua boquilha (frontal e lateral), com o seu jeito de tocar (estilo), com aquilo que você quer do seu som. Não existem regras. O seu dia-a-dia o conduzirá às decisões acertadas, mais cedo ou mais tarde.



Palhetas Rico Royal

A palheta Rico Royal para saxofone é o resultado do alto padrão da cana para ser empregada nas mais diversas situações. Esta é uma palheta de altíssima qualidade a disposição dos saxofonistas profissionais, e pelo seu baixo custo pode também ser empregada na vida acadêmica. O corte francês da palheta Rico Royal dá uma maior flexibilidade, especialmente nos registros graves, acrescentando limpidez ao som mesmo quando se toca matizes como o pianíssimo. Esta é uma palheta de aplicação profissional, com excelente resposta e bom desempenho em qualquer tipo de música. As palhetas Rico Royal são produzidas do #1 ao #5 (com intervalos de 0,5). No Brasil é mais fácil encontrar do #1,5 ao #3 em embalagens com 10 unidades para todos os instrumentos.

Palhetas Rico Select Jazz

As palhetas Rico Select Jazz são feitas para suprir as exigências dos instrumentistas mais sofisticados; com a qualidade timbrísticas de canas criteriosamente selecionadas para os profissionais de jazz. Seu corte tem fortes características, como o “coração” bem definido, e a longelínea raspagem lateral. Proporciona uma projeção sonora sem precedentes, com bastante clareza e timbre apurado, responde com uma incrível agilidade e flexibilidade. A Select Jazz é a opção para melhorar sua sonoridade; usando palhetas do tipo Filed, preferidas freqüentemente por saxofonistas que usam boquilhas “round-chambered” como a MeyerTM (americana) ou a Otto LinkTM; ou para aqueles que usam boquilhas “medium-” ou “small-chambered”, para a obtenção de um som brilhante, como o da boquilha BeechlerTM, Berg LarsenTM ou DukoffTM, têm preferido as Selec Jazz Unfiled. As palhetas Rico Select Jazz são produzidas sob uma nomenclatura diferenciada: do #2S (Soft) ao #4H (Hard); assim 2S, 2M, 2H, 3S, 3M, 3H, 4S, 4M e 4H, onde o #2S corresponde aproximadamente a #1,75 da Rico Royal (esta relação não se mantêm para os números subseqüentes). No Brasil é mais fácil encontrar do #2S ao #3M (aproximadamente #3,5 da Rico Royal) em embalagens com 10 unidades para Altos e Sopranos, e com 5 unidades para Tenores.

Palhetas Rico Plasticover

Coberta com um revestimento especial, a palheta Plasticover da Rico tem uma mais duradoura vida útil. Desenvolvida para resistir a umidade e as mudanças climáticas, ela é ideal para quem precisa freqüentemente intercalar entre dois instrumentos ou ainda para quem os usa na rua, em bandas marcias ou de coreto. Esta palheta responde com precisão, volume e boa projeção; podendo ser aplicada com ótima qualidade ao jazz, em gravações e na música pop. As palhetas Plasticover são produzidas do #1 ao #5 (com intervalos de 0,5). No Brasil é mais fácil encontrar do #1,5 ao #3 em embalagens com 5 unidades para Clarinetes e Saxofones.

Palhetas Rico Frederick L. Hemke

Estas são palhetas selecionadas à mão para atender ao saxofonista que quer muito mais que uma resposta imediata, quer também uma excepcional impostação tonal e toda a flexibilidade de que precisa; tudo isso tocado com bastante velocidade. A Hemke, como é conhecida no Brasil, é produzida para o quarteto clássico de saxofones. Sua sonoridade escura permite que transite do meio clássico ao jazz tradicional; seu corte francês dá-lhe liberdade na resposta, especialmente nos registros graves, adicionando também clareza as notas e permitindo que se toque com suavidade.

- A Hemke é uma palheta “pronta” para tocar, com excelência profissional. É excitante tocar e perceber que conseguimos fazer frases mais longas e com mais velocidade e com boa articulação; tudo com um som incrível. Esta é também uma palheta leve, daí não estranhe se precisar de meio pontinho a mais, daquilo que costuma usar. As palhetas Frederick Hemke são produzidas do #1,5 ao #4 (com intervalos de 0,5). No Brasil é mais fácil encontrar do #2 ao #3 em embalagens com 5 unidades; disponível somente para Saxofones.

Palhetas Rico Reserve

Rico Reserve é o resultado demais de 75 anos de excelência na fabricação de palhetas. A alta densidade encontrada nos nós mais baixos da cana, cortadas com a precisão do corte de um diamante e medidas com laser óptico, além do avançado sistema de raspagem que coloca a Rico Reserve como um ícone no mercado de palhetas mundial. As palhetas Rico Reserve são embaladas com o Vitalizer TM para controle de umidade.

- A Reserve é uma palheta muito mais densa que o normal, portanto prefira experimentar uma numeração mais leve a aquela que está habituado. Seu som é surpreendente.

As palhetas Rico Reserve são produzidas do #2 ao #4,5 (com intervalos de 0,5). No Brasil é mais fácil encontrar do #2 ao #3,5 embaladas com 5 unidades e disponíveis para Sax Alto e Clarinete.

Palhetas Rico La Voz

Palhetas desenvolvidas para obter uma excelente projeção sem perder a versatilidade. As La Voz são manufaturadas com matéria prima selecionada visando sempre o seu melhor desempenho, por isso é a preferida de muitos saxofonistas profissionais. Sua forma de raspagem traduz-se num som profundo e poderoso, representando assim a voz dos saxofonistas por todo o mundo. As palhetas La Voz são produzidas sob uma nomenclatura diferente da maioria das palhetas: assim, do Soft (representado pela letra S) ao Hard (representado pela letra H), passando pelo Medium Soft – MS, Meduim – M e o Medium Hard – MH.

Correspondem aproximadamente, se comparadas com a Rico Tradicional_ da caixinha Laranja_ a: S = #2; MS = #2,5; M = #3; MH = #3,5 e H = 4,75, esta não é, portanto, uma palheta das mais leves. No Brasil é mais fácil encontrar do S ao M.

Palhetas Vandoren

As palhetas Vandoren Tradicional foram desenvolvidas e produzidas para obter-se um som extremamente puro. Proporcionado pela vibração obtida principalmente na ponta da palheta (área de maior vibração), contra-balançada pela resistência de sua espinha (área de maior densidade da cana; raspada gradualmente até a ponta da palheta). A palheta Vandoren Tradicional (também conhecida como a Palheta da Caixinha Azul), é a favorita dos saxofonistas eruditos de todo o mundo, mas é utilizada para qualquer tipo de música. São produzidas para todos os tipos de saxofone inclusive Sopranino e Baixo.

- Esta é uma palheta um pouco mais densa e por isso preferida no meio erudito. As palhetas Tradicionais da Vandoren são produzidas do #1 ao #5 (com intervalos de 0,5). No Brasil é mais fácil encontrar do #1,5 ao #3 em embalagens com 10 unidades para Clarinete, Sax Alto e Sax Soprano, e com 5 unidades para Sax Tenor e Sax Barítono.

Palhetas Vandoren V16

A Palheta Vandoren V16 foi lançada em 1993, em resposta a expectativa de alguns músicos americanos de Jazz. Ela tem uma ponta mais grossa e é mais comprida que a Vandoren Tradicional (observando-se o ângulo de raspagem mais íngrime). A V16 tem um som mais brilhante e percussivo, particularmente adaptável a nos estilos musicais. São produzidas para Sax Soprano, Alto e Tenor.

- Esta palheta é mais leve que a Tradicional na ponta, e tão rígida quanto, no centro. As palhetas V16 da Vandoren são produzidas do #1,5 ao #5 (com intervalos de 0,5); no Brasil é mais fácil encontrar do #1,5 ao #3 em embalagens com 10 unidades Sax Alto e Sax Soprano, e com 5 unidades para Sax Tenor.

Palhetas Vandoren JAVA

Esta palheta foi desenvolvida pela Vandoren em 1983 para jazz e música popular. É uma palheta muito mais flexível na área aonde as ondas se propagam com maiores extensões (na alma); do que a Vandoren Tradicional. E alcança uma área de vibração em sua superfície, maior e com máxima elasticidade. O nome JAVA deu-se da junção das palavras JAzz e VAndoren. Caracteriza-se por seu corte diferenciado, o que conduz a rapidez na resposta e uma expressividade sem igual ao tocar.

- Palheta de excelente resposta e timbre; vem “quase” pronta para tocar.

As palhetas JAVA da Vandoren são produzidas do #1,5 ao #5 (com intervalos de 0,5). No Brasil é mais fácil encontrar do #1,5 ao #3 embaladas com 10 unidades para Sax Alto e Sax Soprano, e com 5 unidades para Sax Tenor e Sax Barítono.

Palhetas Vandoren ZZ

Proporcionando-nos extrema rapidez e um timbre surpreendente, a palheta Vandoren ZZ é a mais recente inclusão a série de palhetas para jazz; disponível para o quarteto clássico de saxofones, esta é a primeira da série jazz produzida para Sax Barítono. A ZZ caracteriza-se por sua raspagem diferenciada entre o coração ou alma da palheta e sua extremidade mais fina. O resultado é uma palheta com um timbre extraordinário, com resposta imediata, equilíbrio e mobilidade entre os registros.

- Esta palheta nos dá a impressão de ser mais leve que a JAVA (só impressão!) e deixa o som, que já percebíamos timbrados, com um efeito aerado que só a ZZ tem. Além do “punch” obtido no início de cada nota tocada… sensacional! As palhetas Tradicionais da Vandoren são produzidas do #1,5 ao #4 (com intervalos de 0,5). No Brasil é mais fácil encontrar do #1,5 ao #3 embaladas com 10 unidades para Sax Alto e Sax Soprano, e com 5 unidades para Sax Tenor e Sax Barítono.

Palhetas Vandoren 56 Rue Lepic

Produzido com uma cana mais densa, a Vandoren 56 Rue Lepic emite um som rico, concentrado, estável, extremamente puro e homogênio em todos os registros. Dá-nos mais precisão nas passagens difíceis, mantendo suas características sonoras. Para manter todos as nuances timbríticas e prolongar sua vida útil, sua umidade (de quando manufaturada), é mantida entre 45% e 70% pelo “Flow-Pack”. As palhetas 56 Rue Lepic da Vandoren são produzidas do #2,5 ao #4,5 (com intervalos de 0,5). No Brasil é mais fácil encontrar do #2,5 ao #3,5 embaladas em caixas com 10 unidades, são de uso exclusivo dos Clarinetistas.

Palhetas Vandoren V12

A palheta V12 foi especificamente desenvolvida para suprir as exigências dos clarinetistas profissionais e está disponível somente para o Clarinete em Bb. Eles promovem um som rico e um controle sem igual. Estas palhetas são manufaturadas com tubos de cana no mesmo diâmetro das usadas na produção das palhetas para saxofone. Relacionando-as com as Vandoren Tradicionais, as V12 são meio ponto mais leves. As palhetas V12 da Vandoren são produzidas do #2,5 ao #5+ (com intervalos de 0,5). No Brasil é mais fácil encontrar do #2,5 ao #3,5 em embalagens com 10 unidades.

Agora é só escolher! Não tenha medo de experimentar, só não faça disso a sua razão de viver. Fidelizar-se a uma marca e modelo de palheta só contribuirá ao seu desenvolvimento.

Contato: alefmansur.teodoro@playtech.com.br

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Ajustando suas palhetas


Artigos
A seguir, estou disponibilizando alguns artigos sobre pontos interessantes relacionados com o Saxofone, entre eles:
Ajustando suas PalhetasAs Diferentes Embocaduras do SaxofoneSuperAgudos no Saxofone - #1SuperAgudos no Saxofone - #2

Ajustando suas Palhetas
A principal tarefa da palheta é funcionar como uma válvula de ar que abre e fecha sobre a boquilha em várias velocidades. A freqüência dessa operação controla o timbre do som, e é determinada pelo tamanho e formato da coluna de ar resultante da vibração. Considerando-se a formidável tarefa com que se confronta esse pequeno pedaço de bambu, não surpreende que tanto esforço seja despendido na sua seleção e ajuste, uma vez que a palheta é a responsável pela geração de som do saxofone.
- Ajustamento da palheta
É inútil gastar tempo ajustando uma palheta se o bambu não tiver sido amadurecido apropriadamente. O teste simples, demonstrado a seguir, pode poupar considerável esforço: Pressione com a unha do polegar a parte superior do corpo da palheta. Se o material resistir, o bambu é velho e superamadurecido. Se ele for macio e marcar facilmente, ainda está verde. Uma leve marca que diminui com o fim da pressão indica uma palheta adequadamente envelhecida. Um outro excelente teste envolve o reconhecimento do arco de maturidade.
Quando bem amadurecida, a palheta apresenta uma marca escura abaixo da superfície do corpo, se sua base for mergulhada em cerca de 3 cm de água por alguns minutos. Essa marca deverá ser de cor marrom alaranjada. Se apresentar uma cor amarelada, ou não aparecer marca alguma, a palheta deve ser deixada maturando por um ano ou mais antes de ser testada novamente. Se, após umedecer a parte posterior, como descrito acima, você soprar na borda mais grossa da peça, pequenas bolhas aparecerão ao longo da lâmina da palheta. Essas bolhas não poderão ser grandes ou em profusão, uma vez que isso indicaria que a palheta é porosa demais. Devemos lembrar que palhetas grandes terão tubos maiores que as palheta pequenas. Escolha uma palheta que resista à passagem do ar através de seus tubos, mas que não o impeça completamente. Algumas tentativas para determinar a quantidade ideal de ar que deve passar serão úteis. Esses testes funcionam somente com palhetas novas. A lista mínima de ferramentas para o ajuste das palhetas inclui:
Um pedaço de vidro plano de cerca de 10x15 cm. Os cantos devem ser abaulados, a fim de evitar ferimentos nas mãos
Um aparador de palhetas, escolhido com cuidado, pois o formato do corte deve adequar-se à ponta da boquilha. Leve algumas palhetas velhas e sua boquilha à loja para determinar o formato adequado de corte
Um pequeno formão de três faces. É uma barra de aço temperado de três faces lisas com três bordas afiadas, para raspar madeira
Lixa de Junco. Para acabamento ou alterações mínimas. É barata e pode ser adquirida em uma loja de instrumentos de sopro
Folha de Lixa no. 600
Lâmina comum de barbear
Lixa de unhas O ajuste deverá ser adiado até que a palheta tenha passado por um período de testes. As palhetas mudam suas características rapidamente quando usadas pela primeira vez, e um ajuste feito antes de testá-las apropriadamente pode dificultar uma posterior correção. O procedimento sugerido é usar a palheta por um curto período de tempo na primeira vez e então deixá-la de lado por um dia. Tente tocar por mais tempo no segundo dia e nos dias sucessivos, até sentir que as características da palheta se estabilizaram. Normalmente, a palheta estará mais macia após ser utilizada umas poucas vezes, mas isso não é sempre verdade - algumas vezes tornam-se mais rígidas! Você pode testar o equilíbrio e a flexibilidade da palheta, pressionando sua ponta contra a unha do polegar e deslizando-a contra a unha em toda sua extensão. Cheque o equilíbrio dos dois lados da ponta da palheta, utilizando o indicador contra o polegar de ambas as mãos.
- Palheta muito mole
Apare primeiro a ponta da palheta, tirando muito pouco por vez. Umedeça bem a palheta antes de apará-la e assegure-se que ela esteja centrada apropriadamente.A pressa nesse procedimento geralmente arruina a palheta;é fácil retirar um pouco mais da ponta da palheta,mas é impossível acrescentar.Normalmente, 1,5 mm é o limite no qual a palheta pode ser reduzida com sucesso. Após a palheta ter sido aparada,os cantos devem ser arredondados e a curva ajustada à curvatura da boquilha. Para isso, use a folha de lixa para madeira, esfregando muito levemente em direção à parte central da palheta.
- Palheta muito dura
Uma palheta que parece dura demais pode ser mais dura de um lado do que do outro.Assim é possível termos uma palheta com a resistência desejada apenas em um dos lados.Este tipo de palheta será difícil de soprar e deve ser balanceada.Isso pode ser verificado colocando-se a boquilha na embocadura de maneira que somente um lado da palheta vibre, alternando-se então para o outro lado. Quando ambos os lados são aproximadamente iguais e rígidos demais, um ajuste geral deverá ser feito. Se um dos lados da palheta for mais duro para soprar,este deverá ser ajustado antes de quaisquer outros ajustes. Observar a ponta da palheta em frente de uma luz forte indicará onde o ajuste deve começar. A lixa de junco é melhor para equilibrar a ponta e os lados da palheta.Antes de usá-la, mergulhe a parte final da lixa de junco em água,até que ela se torne flexível.Segure então uma das pontas e corte-a com uma lâmina de barbear.Use a ponta aparada da lixa de junco com o indicador, assegurando-se que as fibras estejam em ângulo reto às da palheta,como na figura a seguir.
Sempre esfregue na direção da ponta,mas deixe para reduzir a espessura da ponta mais extrema da palheta por último. No balanceamento, a parte da palheta a ser ajustada é de aproximadamente 1,5 cm a 0,3 cm da ponta.Proceda o ajuste a partir do centro para os lados,de maneira que o coração da palheta não seja atingido. O coração é o início da área de resistência e raramente deveria ser tocado.A palheta deveria sempre ser balanceada corretamente antes dessa área ser considerada. Se a palheta estiver ainda muito dura após o ajuste, raspe levemente com o formão de três faces ao longo dos lados da lâmina da palheta.Se isso não atingir o propósito,remova um pouco de toda a lâmina da palheta, mas raspe muito levemente a área do coração. Deve ser raspado por igual do centro para os lados da lâmina em direção à ponta.Se uma marca clara aparecer no coração da palheta, a melhor coisa a fazer é jogá-la fora - seu problema de coração foi fatal.
Defeito
Área
Observações
Mole
Ponta
Teste a cada corte, corte pouco
Grave e sem cor
Ponta
Teste a cada corte, corte pouco
Falta ressonância
1, 2
Balancear
Dura de soprar
2
Afinar os lados, balancear
Falta generalizada de ressonância
7, 8
Lixe as bordas laterais se a palheta é maior que a boquilha
Palheta apita
2
Balancear
Registro superior sem brilho
3
Muito pouco, teste a cada vez
Falta projeção no registro superior
3
Mova 3 para trás a partir da ponta
Falta projeção no registro médio
4
Levemente em 3 também
Face inferior não lisa
Face inferior
Use um vidro plano para apoiar a lixa
Após o ajuste toca bem, mas está dura
6, 5, 4, 3
Acabamento: afine igualmente.

Escolher uma palheta?


Vou comprar uma PALHETA, mas não posso tocar para experimentá-la, -O que faço?
Se não puder tocar, veja se a palheta parece simétrica. Isto significa que o lado esquerdo deve ser igual ao lado direito. Não deve haver nenhuma anormalidade aparente. Olhe a palheta contra uma luz forte. O coração (parte do centro, mais espessa) devera mostrar-se bem simétrica. As fibras (linhas mais claras, mais finas que correm longitudinalmente na parte de baixo da palheta) devem ser espaçadas uniformemente e sem interrupções. Também, o lado inferior deve ser plano. O modo mais fácil para conferir isto é colocá-la numa superfície plana e ver se algum lado fica elevado.
-Comprar a caixa ou apenas uma palheta???
Quando você compra palhetas em caixas, elas são normalmente mais baratas. Também há uma boa chance de adquirir algumas boas palhetas. Claro que, há outro lado. Um ponto ruim é que você raramente pode confirmar a qualidade das palhetas em uma caixa antes de comprar.
-Densidades
O que significa a numeração da palheta (1, 1½, 2, 2½, soft, medium soft, etc.)? A numeração de uma palheta normalmente se refere a sua densidade. Quanto mais alto o número, mais dura é a palheta. Algumas marcas, como La Voz, simplesmente puseram nomes nas palhetas como soft, hard, etc. Por outro lado, Vandoren e Rico usam números para indicar a densidade. A númeração de uma palheta que um músico deve usar depende do instrumento, boquilha e preferência pessoal. Mas em regra, boquilhas abertas, como numero 7, 8, 9 ? pedem palhetas mais moles, como palhetas de número 1 ½ ou 2 (soft). Com uma boquilha fechada, como de número 6 para baixo, usam-se palhetas mais duras, como 2 ½, 3 ou 3 ½.
-As Melhores Densidades para Você
Se você está começando, independentemente de qual boquilha esteja usando, aconselharia você a usar uma palheta leve, como número 1 ½ ou 2. Com o passar do tempo, vá aumentando gradualmente o número de sua palheta, para que seus músculos da boca e face se desenvolvam e você tenha o apoio de respiração necessária. Quando sentir essa evolução, mude para uma boquilha mais aberta e volte a usar uma palheta leve, repetindo o processo. A minha experiência (observe que disse a minha - pode ser que para você seja diferente, mas se não sabe por onde começar, eu estou dando um conselho), mostrou-me que palhetas mais espessas permitem a você tocar confortavelmente, digo, sem medo de apitos ou que o som falhe. Se quero tocar os agudos do saxofone, inclusive os harmônicos, uso palhetas mais grossas. Eles saem com maior facilidade e precisão.
-Como saber se você está usando as densidades erradas?
Existem dois marcos interessantes? Se a palheta é muito fina para sua boquilha, o som produzido será sem vigor, e pode ocorrer de algumas notas não saírem, pois a pressão dos lábios irá fazer com que a palheta cole na boquilha impedindo que o ar entre. Às vezes, também gera uma salivação intensa. A palheta mais pesada do que sua boquilha exige, fará com que os sons graves do seu saxofone fiquem quase impossíveis de sairem. Voce sentirá a musculatura do seu maxilar se cansar rapidamente.
-Marcas & Tipos
-Palhetas clássicas como Vandoren, Rico, Hemke, Olivieri... são palhetas bem conhecidas para música clássica. Ao contrário das palhetas de jazz, elas possuem corte geralmente francês o que lhes confere um coração mais espesso e assim um tom mais escuro. -Jazz: As marcas de jazz "mais comumente tocadas" são La Voz, Rico Royal, Rico Select Jazz, Vandoren Java, Vandoren V16, Vandoren ZZ. Elas têm um coração mais magro e dão um som mais estridente. -Palhetas de plástico/acrílico, como a Bari são conhecidas por durar muito mais tempo (e então mais barato no final das contas). Mas em geral, essas palhetas são detestadas pelos saxofonistas mais experientes, devido à sua péssima sonoridade e resposta. Mas, para quem está aprendendo podem ser uma boa pedida, por não exigirem tantos cuidados como as demais, além de serem muito resistentes, inclusive dificilmente mofam ou empenam. Se for comprar uma dessas para experimentar, muitos sugerem que você compre um número maior do que você normalmente usa. Eu particularmente não recomendo o uso dessas palhetas.-Palhetas de Fibra, como a Fibracell, uma excelente opção tanto em sonoridade, quanto em durabilidade, mas tem o inconveniente do custo elevado. Essas palhetas produzem um som mais alto do que as convencionais.
-Cuidados
Palhetas revezadas Eu percebi que quando passei a não usar a mesma palheta todos os dias, mas sim usar aproximadamente cinco palhetas em sistema de rodízio, ou seja usando uma diferente a cada dia em que ia tocar, elas passaram a durar muito mais. Quanto menos tempo contínuo você usar a mesma palheta, maior sera sua durabilidade.
-Armazenamento
As palhetas devem ser armazenadas em um lugar seco e ventilado de forma que elas não criem mofo. Também devem ficar bem protegidas, a fim de evitar que empenem. Muitas lojas de música vendem porta-palhetas (reed holder) especiais para mante-las secas e protegidas. O ideal é secá-las logo após o uso, mas atenção: não use panos, pois as fibras do pano grudam na palheta e isso não é bom. Eu já li que o ideal seria colocá-las envolvidas em papel de ceda (usados em desenho) e depois colocá-las dentro de um livro e deixá-las descansar por um pouco de tempo. Assim o peso e o papel, fazem com que a umidade saia da palheta e só depois disso, elas deveriam ser guardadas. Mas sinceramente, não tenho toda essa paciência.
-Chupando palhetas (vou escrever o que seria o ideal, pois quase ninguém faz isso)
Atenção: Palheta não é bala!!! Numa orquestra, antes dela começar a tocar, é fácil identificar os que tocam clarinete e sax. Eles são o únicos que chupam as palhetas para umedecê-las. Se você der uma olhada numa orquestra você pode perceber que alguns indivíduos estão umedecendo suas palhetas numa xícara em vez de colocar na boca. Seguramente, sua boca é mais conveniente (você não pode ir a nenhum lugar sem ela), mas o outro método é melhor? Totalmente! Além disso, qual é finalidade da saliva (que é diferente de cuspe)? Serve para te ajudar a digerir alimentos. Se você usar o bom senso, verá que isso no fim também destruirá suas palhetas. Então, quando você precisar umedecer as palhetas, use água, sempre que possível. No mais, tenha certeza de estar com a boca bem limpa antes de tocar (escove os dentes antes). Suas palhetas lhe agradecerão durando muito mais tempo.
-Posicionando
Para mudar a força e harmonizar, experimente mover a palheta ou a presilha para cima ou para baixo ou variar a tensão dos parafusos da presilha. Notará uma sensível diferença no som.
Espero que esses conselhos possam auxiliá-los tanto na escolha, quanto na compra e utilização das suas palhetas.